quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pixar. Genial!

Como cinema hoje em dia é uma coisa cara, não?! 18,00 reais a inteira em plena quinta-feira, meu pai dizia que em seus tempos (muito tempo atrás) pagava-se cinema com troco de pinga. Bom, mas é a vida, as coisas mudam, algumas pioram, outras melhoram... Mas algumas persistem em continuar do jeito que sempre foram. Como é o caso dos filmes da Pixar, sempre do mesmo jeito, sempre ótimos!
Paguei estes 18,00 reais há algumas quintas-feiras, mas que fique claro que não foi por qualquer filme (vide Crepúsculo e derivados), fora por Toy Story 3, mais um primor da Pixar ao qual rasgarei elogios abaixo!



Começando do começo...
É difícil lembrar de Pixar e não lembrar de seus ‘curtas’ precedentes ao filme, geralmente hilários e sempre com uma mensagem interessante (nunca me esqueço do velhinho que joga xadrez consigo mesmo). Em Toy Story, a animação inicial é “Dia e Noite”, que mostra de um modo diferente que o diferente pode ser igual. Sublime!

É ai que está à graça!
Mas Toy Story não é um filme infantil? Pode ser. Não há mal algum em levar uma criança para assistir o filme, mas não acho que foi feito essencialmente para elas. Essa sociedade dos brinquedos que tem tudo para ser emblemática às crianças na verdade é o que mais chama a atenção de adultos, pois os brinquedos não vivem nas fantasias imaginadas pelas crianças, na brincadeira eles apenas atuam, na vida real (real no filme) vivem em um mundo cheio de problemas de gente grande. O humor também é adulto: O paradoxo do vilão Pelúcia, a feminilidade de Ken e a ginga espanhola de Buzz são exemplos de piadas que não são tão facilmente digeridas por crianças, mas que fazem chorar de rir qualquer brucutu!

Simples assim...
Apesar da simplicidade, o roteiro do filme é ótimo, bem lapidado e rico em detalhes, faz rir e chorar muito mais que a grande maioria dos “live actions” do mercado. Vale lembrar que esse estilo de roteiro, simples e exuberante, é marca registrada dos filmes do estúdio, vai desde o primeiro (1995) até o último (2010) Toy Story. Recomendo todos os filmes do intervalo.

Mãos Abençoadas...
O que alguns não sabem é que quem começou com isso tudo foi, nada mais, nada menos, que Steve Paul Jobs. Isso mesmo, o pai da Apple foi também o padrasto da Pixar, comprou-a ainda jovem e sem grandes feitos da Lucasfilm e transformou-a em uma grande máquina de entretenimento, depois vendeu a Disney tornando se o maior acionista individual da empresa. Não sei a participação que o cara teve nos filmes, mas que ele tem estrela, tem!

Medo do sucesso.
O que sempre me deu a entender, é que os filmes da Pixar são bons pelo fato de serem feitos com cuidado, imaginação e liberdade, não se parecem com os filmes caça-níqueis de hoje em dia, são criados para serem bons e não lucrativos. É sabido que o segundo adjetivo pode muito bem originar-se do primeiro, mas como acionistas querem retorno rápido, por que não fazer o Toy Story 4, o 5 e o 6? Todos conhecem a marca, façam qualquer coisa que o povo vai assistir! Vamos ganhar dinheiro!

Toy Story 3 ainda está no cinema, se ainda não foram assistir, corram!

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