Peguei no Drunkeynesian
Interessante perceber como os bancos são saudáveis nos emergentes, o monstro comedor de dinheiro que são os States, a pindaíba dos bancos do Japão e, óbvio, os do Chipre e a estagnação dos da Europa em geral.
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quarta-feira, 3 de abril de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Dazed and Confused
Postado por
Sandro Dantas
Pode-se dizer que os pilares da economia mundial não vivem seus melhores momentos. Crise na Europa, EUA tentando se recuperar, crescimento na China, ainda gigantesco, baixando. No Brasil o cenário também não é bom, apesar de todo o esforço do governo para provar o contrário.
As privatizações na infraestrutura não estão do jeito esperado... falta investidores. A indústria, apesar das reduções de IPI e outros incentivos pontuais, continua em declínio. O setor de serviços, em declínio. O PIB em geral, a mesma coisa. Inflação subindo. E o governo? Tentando maquiar tudo.
Vejo em vários blogs grandes de economia descerem o pau no governo por tentar maquiar e usar mecanismos de curto prazo para estancar a queda no crescimento. Não digo que concordo, mas entendo o governo... num país que sofreu tanto com inflação, uma ameaça de grande alta gera muito medo, ainda mais num cenário onde está ruim para todo mundo. Além de que, os termômetros da economia, in my humble opinion, não mais refletem o que acontece.
Os ensinamentos da economia dizem que para o país se manter é preciso um PIB crescente, mas não há um limite para esse crescimento? Como tudo na vida, crescimento tem limite. A UE não tem crescido muito por causa da crise, mas talvez seja esse o cenário econômico que a espera daqui para frente. Tentar estruturar a economia em um ambiente com pouco crescimento é um desafio que certamente será enfrentado pelos países desse grupo em um futuro próximo.
Outro ponto é o estardalhaço que qualquer desconfiança na economia pode causar. Quando o governo anunciou a antecipação da renovação das concessões no setor de energia, não só as ações das geradoras de energia, como também das distribuidoras, que pouco tinham a ver em relação ao assunto, caíram. O governo realmente não pensou nos prejuízos que essa antecipação traria, e a queda no valor das ações das geradoras era esperado. Mas por que das distribuidoras também? E as ações do Facebook, que saíram do forno com valores exorbitantes e, logo depois, tiveram queda brusca. É o efeito loja nova também no mercado de ações?
Estamos hoje na era da informação, e com ela veio os ativos intangíveis, e o problema de valorizar estes bens que não podem ser tocados, também veio a globalização e com ela a correnteza de dados que jorra de todas as direções. Aí eu me pergunto, como posso confiar nos meus investimentos se eles estão aplicados em bens que nem posso ver? Em qual dos mil e um analistas de mercado devo confiar? Como posso dizer que minha empresa brasileira está bem se uma pneumonia no presidente da China pode fazer o valor dela cair pela metade?
Aí culpam o governo por tentar esconder do povo todo esse caos. Novamente digo: não concordo, mas compreendo-o.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Notas virtuais: O antigo problema do agrobusiness e o dragão de duas cabeças
Postado por
Sandro Dantas
Desde Adam Smith, já era perceptível que o agronegócio teria problemas na era do capitalismo e da especulação. O valor nominal dos produtos agrícolas sempre fora muito próximo do valor real deles, tanto pela facilidade no cultivo destes produtos, quanto pela falta de dinamismo para adequar em curto prazo a oferta à demanda e pelo problema de estoque, já que são produtos altamente perecíveis. Enquanto isso, os produtos industrializados são exatamente o oposto, tem seu preço nominal elevado pelos segredos industriais, pelo marketing, pelo dinamismo de produção e estoque e também pelo oligopólio que há na maioria das produções.
Mas parece que o cenário vem mudando favoravelmente para os produtos básicos, graças ao dragão de duas cabeças, a China. Se por um lado, ou cabeça, ela vem produzindo em larga escala produtos industrializados graças a sua mão de obra farta e barata, por outro, essa grande população tem que comer. Logo, ela vem tanto barateando os produtos industrializados, como deixando mais caros os produtos agrícolas.
Para o Brasil, país que tem no agrobusiness a maior parte da sua riqueza, isto é ótimo. Resta saber se isso é um quadro crescente ou apenas uma fase temporária, já que a China hoje começa a sofrer com sua população que vem envelhecendo enquanto, através das medidas de controle de natalidade, não vêm tendo reposição de jovens na mesma proporção.
Mas parece que o cenário vem mudando favoravelmente para os produtos básicos, graças ao dragão de duas cabeças, a China. Se por um lado, ou cabeça, ela vem produzindo em larga escala produtos industrializados graças a sua mão de obra farta e barata, por outro, essa grande população tem que comer. Logo, ela vem tanto barateando os produtos industrializados, como deixando mais caros os produtos agrícolas.
Para o Brasil, país que tem no agrobusiness a maior parte da sua riqueza, isto é ótimo. Resta saber se isso é um quadro crescente ou apenas uma fase temporária, já que a China hoje começa a sofrer com sua população que vem envelhecendo enquanto, através das medidas de controle de natalidade, não vêm tendo reposição de jovens na mesma proporção.
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