sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Utopia, por onde começar?

De quinta-feira tenho as duas aulas com mais questões sem respostas do meu curso. Ética (com um professor de Filosofia um tanto excêntrico) e Sociologia. Ontem, não acompanhei a aula de ética, apenas a de sociologia, onde o professor apresentou um vídeo de um cara chamado Galeano em que ele disserta em verso e prosa sobre Utopia. Depois o professor, o qual não me recordo o nome, deu a explicação de que Utopia parte do princípio coletivo, de que Utopia não se trata de desejos egoístas, mas sim de uma imaginativa sociedade perfeita. Depois dessa explicação, perguntou sobre o que é preciso fazer para caminharmos em direção a utopia. Sem rodeios, vou verbalizar de forma aleatória minhas idéias e teorias sobre esta caminhada, vou colocar uma por vez para não ficar maçante. A primeira é:


       Controle de natalidade

Vejo este como um problema tão grandioso e tão óbvio. É evidente que se tivermos menos bocas a alimentar teremos mais fartura, se tivermos menos gente para abrigar teremos mais terra, se tivermos menos gente para beber teremos mais água. Com menos gente teríamos que produzir menos, nossas reservas naturais durariam mais e teriam mais tempo para se regenerar, geraríamos menos lixo e este teria mais tempo para se degradar. A solução para os problemas econômicos não está em produzir mais e mais, sim em consumir menos.
Bom, aí você me pergunta: Mas será que com menos pessoas conseguiríamos produzir o suficiente? Não é preciso uns miseráveis suando em trabalhos braçais para manter a mordomia de alguns? Voilà, uma colheitadeira substitui, em uma plantação de cana, de 80 a 100 trabalhadores, os bóias-frias, como não acham outro emprego a não ser o de cortar cana, precisam se submeter a, todos os 100 juntos, custar menos que uma colheitadeira. O processo para a produção de uma colheitadeira há de ser bem automatizado, digamos que sejam necessárias 100 pessoas para produzir uma por dia, desde as peças até a montagem.
Digamos que a população caiu e agora dos 100 funcionários necessários, a AVD Colheitadeiras LTDA tem apenas 50, dos 100 baratos bóias-frias sobraram apenas 50 e agora, vejam só, estão cobrando caro para cortar cana, a DNT Açucareira, assustada com o piso dos bóias prefere comprar colheitadeiras. Solução? Os 50 bóias-frias que sobraram tornam-se operadores de máquinas na AVD, que fornece às colheitadeiras para a DNT poder fazer a colheita, menor por sinal, pois já não é necessário tanto açúcar nesse mundo.
No final dessa história toda o que quero dizer é que, hoje em dia, a tecnologia substitui os braços dos homens. E não é justo, nem necessário que tenhamos que disputar empregos com máquinas, seremos sempre menos eficientes, logo, mais baratos. Isso é bom para quem? Só para aquele 1% de pessoas que são donas das AVDs E DNTs da vida (e essas pelo menos em minha utopia, precisam perder poder).
Conseguem perceber como a diminuição da natalidade faz com que a roda do capitalismo gire mais devagar mantendo todo mundo satisfeito em suas necessidades básicas? Assim sendo, com o capitalismo respeitando o limite de velocidade, com recursos em abundância e com a tecnologia fazendo o pesado por nós, não precisaríamos trabalhar tanto, tendo mais tempo para educação, arte, cultura, ciência e lazer (conjunto de itens que irei chamar de prazer social), fazendo com que a sociedade evolua cada vez mais. = )

E não venha me dizer que o controle de natalidade é outra utopia. O governo poderia muito bem incentivar as pessoas a ter menos filhos de várias formas alternativas, fora que a própria liberdade sexual e a correria e falta de espaço nos centros urbanos já contribui para esse controle.

Próximo ponto: jornada de trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tácale pau nesse comentário, marcos.